Marcha: Dilma não atende expectativas dos prefeitos na abertura da XV Marcha

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De volta à capital federal, os prefeitos da região, liderados pelo presidente da AMESC, Marcos Leone Oliveira uniram-se aos 3.500 prefeitos de todo Brasil para a abertura da XV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios que aconteceu na terça-feira (15). O evento é promovido pela CNM, com apoio das entidades municipalistas como a AMESC que participa com uma comitiva formada por 90 pessoas, entre prefeitos, vice-prefeitos e agentes públicos.


O primeiro encontro da programação, que se estende até esta quinta-feira (17), contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff que frustrou ao não falar sobre assuntos da pauta do Movimento Municipalista, como a sanção do Código Florestal e a liberação dos convênios represados, dizendo que os municípios devem lutar pela distribuição do petróleo "de hoje para frente" e não pelo que já foi decidido sobre o assunto.


A presidente preferiu falar sobre o projeto do governo federal lançado na última segunda-feira que pretende construir seis mil creches para crianças de seis meses a três anos, em parceria com os municípios. Dilma também anunciou que os 3.591 municípios com até 50 mil habitantes ganharão uma retroescaveira e outras 1.370 receberão uma motoniveladora (patrola).


No início da cerimônia, o presidente da Confederação Nacional de Municípios – CNM, Paulo Ziulkoski, destacou vários pontos da pauta municipalista brasileira, como a aprovação do piso salarial de várias categorias profissionais. Citou o impacto na área da saúde se forem aprovados pisos para enfermeiros, nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, dentistas, terapeutas ocupacionais e até parteiras.


"Se todos esses pisos forem aprovados, o impacto será de R$ 54 bilhões para os municípios", disse o presidente da CNM, que também defendeu a liberação dos convênios represados, a sanção do Código Florestal, aprovação do projeto que muda o critério de distribuição dos royalites, além de investimento na saúde.


Posicionamentos quanto ao discurso de Dilma Rousseff:


Presidente da Fecam, Douglas Warmling – Prefeito de Siderópolis: "Estamos decepcionados com a participação da presidente. Não era isso que nós gostaríamos de ouvir", destacou Guinga, que lidera a comitiva catarinense formada por mais de 120 prefeitos.

Presidente da AMESC, Marcos Leone Oliveira – Prefeito de Ermo: No decorrer dos anos esse encontro conquistou espaço e reconhecimento, tanto que hoje é considerado o maior evento municipalista da América Latina. No início a Marcha tinha um cunho reivindicatório. Hoje, se tornou um fórum de discussão com o Governo presente. Então é natural criarmos expectativas e, infelizmente, o discurso da Presidente Dilma nesta edição não atingiu as nossas.


Prefeito de Jacinto Machado, Antônio João de Fáveri: Quando a CNM anuncia a participação da Presidente da República na Marcha ficamos ansiosos por ouvir algo que vá ao encontro das nossas necessidades. Hoje não fomos atendidos, mas ela foi coerente com o seu Plano de Governo. Porém, no que se refere à Emenda Constitucional 29 e a redistribuição dos royalties e participações especiais de petróleo e gás deixou muito a desejar.  

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