Os cibercrimes, os crimes que ocorrem na Internet, podem acarretar prejuízos significativos a um país. E o Brasil está entre as nações com mais perdas. É o quarto na lista dos mais prejudicados pelos cibercrimes e chega a perder até R$ 16 bilhões por ano. As informações são de um estudo divulgado nesta quinta-feira, 4 de outubro, pela Norton/Symantec, em São Paulo.
O Norton Cybercrime Report 2012 – em Português Relatório Norton de Cibercrimes 2012 -, pretende alertar os governos e os internautas a respeito das fraudes e crimes feitos por meio eletrônico, como vírus que roubam senhas e demais informações pessoais, ou roubos a conta de bancos, entre outros.
O dinheiro roubado no cibercrime no Brasil representa 7% do total global. As nações mais prejudicadas são a China, com R$ 92 bilhões, e os Estados Unidos, com R$ 21 bilhões. A Índia empata com o Brasil. O especialista de segurança cibernética e um dos autores do estudo, o americano Adam Palmer, faz o alerta: “Isso pode ter um sério impacto sobre a economia de um país".
Uso da Internet e aparelhos portáteis
O aumento no uso da Internet e de aparelhos portáteis como smartphones e tablets contribuem no elevado custo dos cibercrimes, conforme explica outro especialista, o coordenador de educação e pesquisa para a América Latina da empresa de segurança ESET, Rafael Labaca.
Segundo Labaca, as pessoas se preocupam com a segurança dos aparelhos, mas quase nunca com as senhas e informações neles contidas. “A maioria dos usuários deixa as sessões [de e-mail e de redes sociais] abertas, o que facilita a ação de pessoas mal-intencionadas que tenham acesso ao dispositivo", exemplifica.
Para evitar problemas, é aconselhado o uso de antivírus, o bloqueio dos aparelhos por meio de senhas de acesso e verificar se o site tem o 'cadeadinho' de certificação HTTPS – situado ao lado do endereço da página, na maioria dos navegadores -. Isso pode diminuir esse número identificado na pesquisa: 67% dos donos de dispositivos móveis dispensam solução de segurança para navegar.
Metodologia da pesquisa
Para chegar aos resultados, a Norton/Symantec ouviu 13 mil pessoas em 24 países no período de 16 a 30 de junho deste ano. Os entrevistados tinham entre 18 e 64 anos.
O valor perdido com esses crimes on-lines foram calculados com base na proporção de vítimas de cibercrime nos 12 meses que antecederam a entrevista (32% do total), multiplicada pelo custo médio de um ataque no Brasil (R$ 562) e pela população on-line do país. A margem de erro para a amostra total é de 0,9 ponto, com intervalo de confiança – indicador estatístico de verificabilidade das informações – de 95%.
Ao todo 75% dos brasileiros que usam a Internet foram vítimas de alguma forma de cibercrime. A média mundial é 67%. Os maiores porcentuais foram verificados na Rússia, 92%, na China, 84%, e na África do Sul 80%. Ainda no Brasil, 23% dos consultados que usam as redes sociais, como Facebook, tiveram ao menos uma vez o perfil invadido.
Fonte: Agência CNM, com informações do jornal Folha de São Paulo
Publicado por i5 Comunicação Ímpar