Fonte: Destaque Catarinense e contato internet
Francieli Oliveira
Viver da pesca como já faziam nossos ancestrais, além de ser uma forma de ganhar dinheiro não deixa de ser uma forma de relaxar. É assim que pensa o pescador José Onivaldo Mariano, 40 anos.
Ele nasceu e cresceu em Balneário Gaivota, desde criança aprendeu a pescar. "A gente vinha para a praia e a hora que a fome aparecia pegávamos o peixe e não precisava nem salgar", relembra o pescador.
Hoje ele depende da pesca para sobreviver. "Também faço alguns bicos, mas como profissão sou pescador mesmo", relata. Nesses dias quentes ele aproveitou para pescar de anzol. "A cada dia eu resolvo se vou usar a tarrafa, a rede ou o anzol, depende de como o mar está", conta José. Ele diz ainda que o mar precisa estar calmo para pescar com anzol.
Na segunda-feira, dia de calor, ele aproveitou para ir até a beira da praia e conseguir algum peixe, mas não estava com muita sorte. "Hoje ainda não consegui nada, o mar está muito agitado para usar o anzol, eles até chegam a beliscar, mas acabam se soltando".
O pescador nos ensina que quando o mar está na cor de ‘café com leite’ é apropriado para pescar o peixe Rei, mas ele usa somente o anzol, já que essa espécie não pode ser pescada. "Com o anzol quando vejo que peguei algum pequeno demais solto no mar, já quem usa a rede acaba pegando de todos os tamanhos, eu não concordo com isso", salienta José.
Com o calor que vem tomando conta do inverno a beira-mar se torna ainda mais agradável e sem o movimento de turistas os pescadores acabam reencontrando a liberdade.
Mas a vida de pescador também não é somente um mar de rosas, a viagem de barco para uma pescaria pode muitas vezes acabar em tragédias. "Já trabalhei com barcos de pesca, já perdi amigos e a cada viagem não sabemos se vamos conseguir vencer os perigos do mar", finaliza José.