Sombrio – Clima protege produção de banana

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Enquanto produtores de bananas enfrentam uma epidemia do fungo Sigatoka Negra, que é capaz de dizimar plantações em menos de três semanas, gerando um prejuízo econômico considerável, os produtores de Sombrio e região praticamente desconhecem este perigo.

De acordo com o pesquisador da estação experimental da Epagri de Içara, Márcio Sônego, o motivo da produção da fruta não ser afetada com tanta intensidade pelo fungo, se deve ao fato do clima ser mais frio, entretanto, um estudo realizado em todo o estado no ano de 2004, comprovou que a maioria das produções estavam infectadas pelo fungo mais letal, o Sigatoka Negra.

"Foi realizada uma amostragem em 2004, e os resultados comprovaram que a maioria das produções foram afetadas. O fato das ocorrências serem menores no Extremo Sul se deve ao clima. O fungo se perpetua em tempo quente e seco, e o nosso clima é frio, por isso há uma dificuldade de proliferar. Os plantadores do Extremo Sul conseguem eliminar o Sigatoka Negra com três ou quatro pulverizações", explica.

Apesar do fungo ameaçar a produção da fruta no país, a maior dificuldade enfrentada na região é algo que não se pode pulverizar: o clima. Segundo o plantador de bananas de Sombrio, Vilmar da Silva de Moraes, nesta época do ano, a produção diminui e os cuidados com a fruta são maiores. "Nessa época as geadas são intensas, então nós colocamos sacolas plásticas para proteger a fruta. No inverno o corte é feito uma vez por mês, e no verão quando o clima é propício, nós realizamos o corte de 15 em 15 dias", informa.

Marcio Sônego acrescenta que existem dois tipos do fungo Sigatoka, o amarelo e o negro. "O fungo do Sigatoka Amarelo é mais brando, causa menos prejuízos", diz.

O pesquisador enfatiza que o fungo não infecta a banana, ele destrói a folha da planta impossibilitando a produção. "O fungo prejudica somente a folha da bananeira, aí não produz mais a fruta. O grande problema do Sigatoka Negra é econômico", esclarece.

Informação: Correio do Sul