A noite de 09/08/2011 não será esquecida facilmente pelos moradores de Timbopeba, Beira Rio, Vila Cechella, Vila São José, Cachoeira, Passo da Cachoeira, Figueira e Vila Capitão. Em Timbopeba na altura do km 18, próximo a ponte do Rio Canoa, algumas casas foram invadidas pelas águas. Por volta da 01h00minh da manhã de 10/08 às margens do Rio Canoa não foram suficientes para segurar as águas da chuva que caíram intensamente, transbordando o rio e invadindo lavouras e casas. Na casa de Pedro Rocha Scandolara em Timbopeba a noite foi de transtorno, susto e pavor, pois, por volta das 10:00h o rio saiu do leito e a partir da 01:00h da manhã começou a invadir sua casa, obrigando-o a levantar os móveis para poder salvá-los, porém na casa de sua filha Jane Paula de Matos Scandolara que fica um pouco abaixo da sua, não foi possível elevar os móveis, pois a água invadiu com força e rapidez, dando tempo apenas dos familiares se evadirem do local.
Segundo Pedro Rocha “nunca havia entrado água em nossa casa, mas, depois de ontem estamos todos apreensivos. Uma solução plausível para o problema seria a abertura da barragem de contenção feita na divisa entre Praia Grande e Mampituba que dividiria um pouco as águas entre os municípios vizinhos e também a colocação de canos maiores sob a SC-450 na altura do km 18 para dar maior vazão no escoamento da água.
A causa do transbordo do Rio Canoa deve-se a construção de uma barragem de contenção feita pela Prefeitura de Mampituba/RS, no rio Mampituba, sem licença ambiental, que fechou a saída da água para o lado gaúcho ocasionando uma grande enchente no lado catarinense, principalmente para os moradores das margens do Rio Canoa, e não atingindo em nada o lado gaúcho que pouco sofreu com a enxurrada.
Há aproximadamente dois anos a barragem de contenção foi construída sem o aval dos agricultores do lado catarinense e dos órgãos ambientais e de lá para cá vem causando grandes transtornos aos moradores e agricultores do lado catarinense.
Na comunidade de Beira Rio no municipio de São João do Sul os moradores passaram várias horas de tensão na última noite, pois não havia saída para os moradores que ainda na manhã de 10/08 estavam isolados, a saída se dava apenas de trator ou caminhão de grande porte. Também na comunidade de Beira Rio a ponte pênsil que estava sendo reconstruída pela prefeitura municipal de São João do Sul e Prefeitura de Praia Grande(divisa dos dois municípios), foi levada pela força das águas, deixando isolados os moradores da comunidade de Vila Capitão e Beira Rio.
Também na SC-450 na famosa Baixada do Piritú a água invadiu novamente a pista e obrigou a grande maioria dos motoristas de automóveis a fazerem o trajeto por Três Coqueiros para evitar maiores danos e prejuízos aos seus automóveis. Neste caso, como a SC é obrigação do estado, já foi solicitado a SDR, pela Prefeitura de São João do Sul, 500 horas máquina para o desassoreamento dos valos às margens da SC e também do Canal Piritú.
Prefeito de São João do Sul Alex Bianchin preocupado com a situação dos moradores das localidades acima citadas visitou durante a noite de terça-feira 09/08 e na manhã de quarta-feira 10/08 todas as comunidades atingidas, a fim de levar apoio aos atingidos e em busca de solução para o problema das cheias no município.
Segundo Prefeito Alex, “essa não foi uma enchente que pode ser denominada grande e as lavouras de arroz ainda não haviam iniciado, senão os prejuízos seriam bem maiores. Se a barragem na divisa entre Praia Grande/SC e Mampituba/RS não for destruída, num futuro próximo poderemos ter grande prejuízos e destruição das lavouras, podendo inclusive levar os moradores a correr risco de vida”.
Segundo prefeito Alex as pontes das comunidades de Beira Rio e Vila São José ainda estão submersas e não se pode calcular ainda se houve danos e posteriormente prejuízos.
Assessoria de Imprensa – PM São João do Sul