Turvo terá o Refúgio da Vida Silvestre e Meleiro contará com Monumento Histórico
A comunidade de Turvo e Meleiro, junto dos seus respectivos prefeitos, esteve reunida na última semana (22/03), em Turvo para uma Consulta Pública referente aos Estudos de criação das Unidades de Conservação, realizados pela Empresa Sócio Ambiental Associados.
O município de Turvo conta com um morro revestido de Mata Atlântica e o mesmo ocorre com Meleiro. O Refúgio da Vida Silvestre (RVS) e o Monumento Histórico (MN) já são Áreas de Preservação Permanente – APP, de acordo com a legislação brasileira. A transformação dessas em Unidades de Conservação as tornará mais protegidas e habilitadas a receberem recursos, de acordo com os respectivos Planos de Manejos a serem elaborados.
De acordo com o coordenador da Câmara Temática de Meio Ambiente do Fdesc, Tadeu Santos, com a criação das UC’s haverá um bom emprego das riquezas naturais, além da conservação. “Podemos ver, através de satélites, que há um comprometimento na natureza. Há um pequeno espaço verde em nossa região. Como Maracajá, podemos ter referência e possuir um local com a fauna e flora preservadas”, enfatiza.
O representante da empresa que fez o estudo técnico, Cláudio Mattos, explicou que a categoria de Turvo se deu pela presença de bugios-ruivos. Em Meleiro, há presença de árvores primárias em alguns pontos. Com estas características as áreas podem ter valores agregados como valor turístico, conservação de atributos naturais, mirantes, trilhas ou torres de observação.
Para os prefeitos de Turvo, José Brina Tramontim e Meleiro, Vitor Hugo Coral, a Consulta Pública foi importante para que a comunidade esclarecesse suas dúvidas, prevalecendo à consciência da preservação. Outras reuniões serão marcadas para que se chegue à decretação da Unidade.
As categorias que foram propostas pelos estudos serão analisadas e após chegarem a um denominador comum (comunidade e a administração municipal) serão seguidas às ações para as próximas etapas, as quais estarão na pauta da X Marcha de Prefeitos a Brasília, levadas para a Capital Federal pelos prefeitos da Amesc no dia 09 de abril.
Uma articulação com a Senadora Ideli Salvati para reivindicar junto ao Ibama e ao DNIT, está sendo agendada como forma de contemplar as Unidades de Conservação do Extremo Sul que devem estar concluídas até o final de abril. Numa estimativa provisória calcula-se um montante de três milhões e quinhentos mil reais para atender as necessidades de preservação destas UC.
Para a coordenadora de Turismo e Meio Ambiente da Amesc, Cristiane Biléssimo, as áreas escolhidas recebem diretamente impactos ambientais da obra de duplicação da BR 101, principalmente o sistema lagunar, o maior e mais importante de Santa Catarina. Portanto, há uma urgente necessidade de liberação de recursos para que se possa trabalhar na prevenção dessas áreas.
Ascom Amesc (com dados da AI de Turvo)