Michele Fernandes – MT 02554 JP – De Brasília
Em meio a uma grande desorganização inicial, enquanto credenciamento e clareza nas informações repassadas pelos organizadores do evento, os prefeitos de todo o Brasil foram recebidos pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde de terça-feira (10), na Capital Federal.
A mobilização do público-alvo foi intensa, fato que pôde ser constatado logo na chegada ao Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek, seguindo pelas largas avenidas, neste dia congestionadas e nas longas filas que se formaram nas entradas do local do evento.
A platéia, que superou as expectativas, ultrapassando cinco mil pessoas que conseguiram entrar no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, pôde ouvir o sempre caloroso e emotivo discurso do Presidente, além dos ministros e secretários.
Representando a força do municipalismo brasileiro, o Presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, solicitou entre outros anseios, que o Governo Federal repasse uma quantia maior de arrecadação aos municípios, na área da educação, para solucionar o salário base exigido pela União, peso que recaiu aos os municípios com a nova Lei.
No discurso do Presidente, lula chamou a atenção para o fato de que nunca tantos prefeitos foram reeleitos. “Dos prefeitos brasileiros, 40% foram reeleitos. Neste mandato, 60% são novos, porém, 50% foram apoiados pelos governos que deixaram o cargo. Vocês são resultado da democracia existente neste País”, disse Lula.
Para o prefeito de Turvo, Ronaldo Carlessi, o Presidente da República solicita integração entre os poderes Federal, Estadual e Municipal, para que juntos possam elaborar projetos em prol das necessidades da população na área da saúde, educação, infra-estrutura, enfim. “O Governo Federal assegurou que há recursos, mas, que a burocracia trava o processo e, com isso, a intenção dos prefeitos de ver as coisas andando com mais agilidade”, destaca ele.
Para Evandro Scaini, prefeito de Balneário Arroio do Silva, Lula esclareceu que quem quer dinheiro e projetos tem que preencher papéis. Sem papel, sem verba liberada. Outro ponto que chamou a atenção do líder do município litorâneo é para o anseio de parceria entre municípios, Estados e União. “Não adianta o Governo Federal fazer projetos se os prefeitos, lá na ponta, não executarem. Tem que ser uma via de mão dupla, para não haver evasão escolar, pobreza, criminalidade. Ele nos pediu para fazer a nossa parte e ressaltou que ele está fazendo a dele com esperança de um mandato próspero”, enfatizou Scaini.