Queda na arrecadação ameaça equilíbrio financeiro das prefeituras da Amesc

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Efeitos da crise mundial começam a ser sentidos pelas Prefeituras do Extremo Sul Catarinense que registraram queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principais fontes de arrecadação dos municípios, representando quase a totalidade dos recursos arrecadados.

 

 

 

A redução no 1º bimestre de 2009, comparado ao mesmo período no ano anterior, além das previsões pessimistas para o decorrer do ano, pode levar alguns prefeitos a implementarem medidas drásticas para afastar o fantasma do desequilíbrio fiscal.

 

 

 

O Gerente Executivo da Amesc, Jobson Martinho, esclarece que, além dos fatores externos que influenciam diretamente no desempenho da atividade econômica, a exemplo da crise global e das catástrofes ocorridas na região norte do Estado, outros fatores contribuíram para afetar a arrecadação dos municípios.

 

 

 

“O fenômeno ocorrido no norte do Estado abalou a arrecadação do ICMS e a redução da alíquota do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) na venda de veículos automotivos, prejudicou a arrecadação do FPM”, enfatiza Martinho, acrescentando que os municípios passaram a contribuir mais com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (FUNDEB).

 

 

 

O Governo Federal decidiu cortar R$ 21,6 bilhões do orçamento de 2009 para enfrentar a queda da arrecadação e isto serve de alerta para os municípios, especialmente aos do Extremo Sul Catarinense que tiveram redução no índice de distribuição do ICMS em 2009.

 

 

 

 Se as projeções não mudarem, a região da Amesc deixará de arrecadar cerca de R$9 milhões em 2009, inviabilizando qualquer aumento de despesa variável, tal qual, reajuste de servidores e incremento dos serviços ofertados à população.

 

 

 

“É uma realidade triste, pois a inflação corrói os salários e as despesas fixas não param de aumentar, porém, se realmente essas previsões se confirmarem, dos males, esse será o menor. Tenho certeza que os prefeitos farão o possível para evitarem cortes de salários e de serviços, mas precisam manter o equilíbrio financeiro para terem suas contas aprovadas” esclarece o gerente da Amesc.

 

 

 

Município/Período

1º Bimestre de 2009 1º Bimestre de 2009 Total FPM/ICMS no 1º Bimestre R$ Projeção para o ano de 2009FPM/ICMSR$
Fundo de Participação dos Municípios (FPM) R$ Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) R$
ARARANGUÁ 99.930,26 176.066,54 275.996,80 1.655.980,80
BALN. ARROIO DO SILVA 27.254,20 61.843,58 89.097,78 534.586,68
BALN.  GAIVOTA 27.254,20 34.951,49 62.205,69 373.234,14
ERMO 27.254,20 33.673,51 60.927,71 365.566,26
JACINTO MACHADO 36.338,97 67.975,20 104.314,17 625.885,02
MARACAJÁ 27.254,20 55.003,82 82.258,02 493.548,12
MELEIRO 27.254,20 57.368,01 81.622,21 489.733,26
MORRO GRANDE 27.254,20 34.839,81 62.094,01 372.564,06
PASSO DE TORRES 27.254,20 45.842,96 73.097,16 438.582,96
PRAIA GRANDE 27.254,20 35.507,38 62.761,58 376.569,48
SANTA ROSA DO SUL 27.254,20 32.667,74 59.921,94 359.531,64
SÃO JOÃO DO SUL 27.254,20 57.379,66 84.633,86 507.803,16
SOMBRIO 63.591,28 99.573,13 163.164,41 978.986,46
TIMBÉ DO SUL 27.254,20 61.081,35 85.335,55 512.013,30
TURVO 36.338,97 118.113,22 154.452,19 926.713,14
TOTAL 535.995,68 971.887,40 1.501.883,08 9.011.298,48