Correio do Sul
A secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria de Quadros Borba, tem um sonho que este ano deve se transformar em realidade: a implantação do Centro de Referência de Assistência Social – Cras.
Nele funcionarão todos os programas do setor, além de outros que devem ser implantados. As bases para o projeto começam a serem lançadas através de ações como a parceria com a Secretaria de Educação, na Escola Profissionalizante.
A escola oferece cursos de corte e costura e pintura em tecido, mas este leque deve ser ampliado, com oferta de vagas para qualquer interessado, mas com prioridade para as pessoas de baixa renda. "O prefeito Alex quer ampliar o apoio às famílias carentes", diz Maria.
O município já possui um Centro de Apoio a Assistência Social e nele, mães que recebem o Bolsa-Família, também participam de cursos. Um deles, batizado de 'tecendo cidadania', foi premiado no ano passado, pelo Governo Federal, pelo resultado prático que teve. Muitas mulheres que aprenderam a usar o tear hoje estão ganhando dinheiro com ele. "Nossa função é gerar emprego e renda", diz Maria. A de Regina Maria Rocho também. Ela tem uma microempresa de tecelagem em tear que emprega 13 mulheres. A maioria delas, vindas do curso da prefeitura, trabalha em casa tecendo ou finalizando os tapetes com pintura ou crochê. O salário é determinado pela produção em metro, mas segundo Regina, cada uma recebe em média R$ 600,00.
Das três que trabalham na própria empresa, uma é Daiane Rocho dos Santos, que começou a pintar em tecido apenas para passar o tempo. Casada e com uma filha, hoje, pintar os tapetes é a sua profissão. "Consigo manter a casa com o meu trabalho", diz orgulhosa. Os produtos são comercializados principalmente no Rio Grande do Sul.