Luta para evitar a Dengue ganha força em Sombrio

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Relatório divulgado pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira, 26, informou que houve um aumento de mais de 100% no número de casos de Dengue no País, que somou 108,64 mil registros de 1º de janeiro a 13 de fevereiro, contra 51,87 mil no mesmo período do ano passado. Embora livre dos mesmos números apresentados em outros Estados do Brasil, a população de Santa Catarina também deve estar em alerta e constantemente em ação para evitar o surgimento da doença. Em Sombrio, uma equipe especialmente dedicada ao controle de possíveis criadouros de mosquito, trabalha o ano todo na fiscalização de imóveis e orientação dos moradores.

 

Segundo Taíse Serafim Godinho, responsável pela Vigilância Sanitária de Sombrio, o trabalho é realizado o ano inteiro de forma contínua pelos agentes da Dengue no município. “Temos quase 90 armadilhas espalhadas pelo município, que são visitadas a cada sete dias, e outros 30 pontos estratégicos, onde os agentes percorrem a cada 15 dias, de modo a manter uma vigília constante e evitar que o mosquito transmissor se aloje em qualquer local do município”, relata. Mas, ainda de acordo com Taíse, embora empenhados na função, os agentes não podem ocupar 100% do território sombriense e cabe a cada morador observar os cuidados em seu próprio imóvel, evitando o acúmulo de água parada e limpa, local escolhido para a proliferação dos mosquitos.

 

  

Larvas do mosquito

  

De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento dos registros de Dengue no início deste ano no Brasil se deve principalmente por duas razões: o excesso de chuvas e as altas temperaturas nos dois primeiros meses de 2010. Os dois comportamentos climáticos também afetam o Extremo Sul de Santa Catarina, o que faz com que os cuidados também tenham que ser aumentados.

 

Recentemente, as constantes fiscalizações dos agentes nos pontos estratégicos resultaram na descoberta de larvas do Aedes aegypti em uma borracharia do município. “Amostras foram colhidas e enviadas ao laboratório, que determinou que eram realmente do mosquito transmissor; mas isso não quer dizer que exista a doença em Sombrio”, esclarece Taíse. “Para transmitir a Dengue, o mosquito precisar estar infectado com o vírus da doença, o que nunca foi registrado no município.”

 

 Após a descoberta das larvas, deu-se início ao procedimento de varredura em imóveis próximos ao foco do mosquito, num raio de 300 metros. “Todos os locais nessa área são minuciosamente vasculhados em busca de possíveis criadouros, onde o mosquito poderia se espalhar, além de orientações às pessoas sobre os riscos da Dengue ao ser humano”, alerta.

Na tarde de sexta-feira, 26, o agente Cassiano Santana, assim como seus colegas, fazia o trabalho de varredura e orientação. “A informação existe. O que acontece é que as pessoas muitas vezes ignoram o risco que a Dengue pode trazer para dentro de suas casas e não se preocupam com aquela água acumulada em vasilhas, vasos de plantas, calhas, garrafas e até pequenos objetos, que podem ser o local escolhido pelo mosquito para depositar as suas larvas”, declara o agente. Taíse explica que o trabalho de varredura se repetirá a cada dois meses no prazo de um ano, dando a certeza que aquele foco foi erradicado.

 

 O Governo do município, nos próximos dias, estará dando início a uma campanha de conscientização junto aos cidadãos de Sombrio para estarem sempre atentos aos cuidados necessários para evitar que a doença se instale em seu território. “Deixar água parada no meu imóvel não vai afetar apenas a mim ou minha família; mas a todos que estão em volta. Então, a prevenção é responsabilidade comunitária, onde todos e cada um têm que agir”, declarou o Prefeito, Professor Jusa.