Um problema comum nas cidades e também no meio rural, a falta de saneamento básico causa prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Porém, uma solução ecológica tem mudado a vida de algumas famílias que não contam com esgoto tratado. É o uso de fossas ecológicas e uma delas foi implantada na comunidade de Sangão Madalena, em Maracajá.
Numa iniciativa da comunidade e em parceria com a prefeitura de Maracajá, cerca de 80 famílias que moram na chamada Mangue Seco, parte da comunidade de Sangão Madalena que fica próxima a BR-101, vão poder utilizar o novo sistema.
Segundo um dos membros da comunidade, André Cardoso, a iniciativa trouxe para a localidade um sistema de tratamento de esgoto sanitário sem custos para a população e ecologicamente correto. “O sistema é infinito, pois é renovável. Para fazer o tratamento do esgoto a caixa de concreto é formada por sistemas de filtros, com quatro repartições preenchidas com pedra brita, e pedaços de bambu verde. Depois da água passar por esta filtragem segue para um reservatório na terra, onde estão plantadas bananeiras que completam a limpeza. A água limpa segue para o lençol freático livre dos dejetos”, explica André.
Nesta semana a máquina da prefeitura de Maracajá terminou a colocação dos 800 metros de drenos, que interligam as casas a fossa. A caixa de concreto foi doada pela empresa BPM-Brandão Pré-moldados.
O sistema de tratamento de esgoto deve iniciar o seu funcionamento ainda no primeiro semestre. “Este sistema já existe em Tubarão há mais de 10 anos e continua funcionando”, afirma o secretário de Meio Ambiente e Turismo, Geraldo Leandro, também morador da comunidade pioneira em tratamento de esgoto em Maracajá.
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